O impacto emocional do layoff: sentimentos e efeitos nas empresas | talent academy blog
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O impacto emocional do layoff: sentimentos e efeitos nas empresas

A princípio, quando o assunto é demissões em massa, os olhares frequentemente se voltam para aqueles(as) que perderam seus empregos. No entanto, também é essencial reconhecer o impacto emocional do chamado layoff sobre os colaboradores remanescentes.

Assim, neste blog post, vamos explorar brevemente a realidade dos layoffs com foco nas pessoas que permanecem nas empresas, o que elas podem estar sentindo neste momento e possíveis consequências deste tipo de situação.

Conscientizar-se é o primeiro passo. Vamos lá?

Após o corte: os desafios emocionais de colaboradores remanescentes

É fato: layoffs evidentemente causam impacto significativo nas pessoas que são desligadas de uma empresa. Porém, um ponto não muito falado mas também importante é reconhecer a existência do impacto emocional que os profissionais remanescentes enfrentam nessa situação.

Sim, o impacto negativo em seu bem-estar e saúde mental e emocional.

Este costuma ser um período de muita tensão, no qual é comum que os profissionais retidos questionem seu próprio futuro dentro da empresa. Afinal, o sentimento de alívio inicial por manter o emprego muitas vezes é acompanhado por sentimentos negativos como:

  • Incerteza;
  • Medo;
  • Estresse;
  • Ansiedade;
  • Raiva;
  • Culpa.

Culpa de sobrevivente: por que eu fiquei e eles não?

Uma matéria da CBS fala justamente o “lay-off survivor guilt“, referido por alguns psicólogos organizacionais. O termo diz respeito ao sentimento de culpa comum entre sobreviventes de layoffs por terem mantido seus empregos enquanto tantos outros colegas foram dispensados.

Referências como a HBR também abordam o tema do impacto emocional do layoff, apontando que a “culpa do sobrevivente” normalmente está associada às emoções que as pessoas enfrentam após um evento traumático ou acidente que ceifa a vida de outros.

Mas o nome do fenômeno também pode ser aplicado após demissões corporativas. Nesse tipo de situação, os colaboradores remanescentes podem se questionar, por exemplo:

  • “Por que eu fiquei e eles não?”
  • “Como vou encarar meus colegas/amigos que foram demitidos, sabendo que estão em uma situação financeira instável, enquanto eu ainda estou empregado(a)?”

Manter contato com os colegas demitidos e oferecer apoio mútuo pode ajudar a aliviar a culpa dos sobreviventes de layoffs. Mas evidentemente, só isso não basta. A empresa e seus líderes têm um papel primordial a cumprir nisso.

A princípio, as organizações devem buscar se preparar adequadamente para as demissões, comunicando os motivos e fornecendo informações sobre o futuro da empresa, com transparência.

Potencializadores de sentimentos negativos pós-layoff e seus efeitos

A “culpa de sobrevivente” pode ser exacerbada pela percepção de que a empresa não reconheceu ou recompensou colegas competentes e confiáveis, optando por demiti-los em vez disso.

Fatores como a falta de transparência por parte dos empregadores sobre os critérios de demissão, por exemplo, também pode aumentar a insegurança dos colaboradores.

O aumento da carga de trabalho também é uma consequência comum após um lay-off, sendo mais uma grande razão para desmotivar os profissionais remanescentes, e podendo levar a um quadro de esgotamento (burnout).

Sentimentos e situações como as citadas muito provavelmente irão afetar negativamente o engajamento e a confiança na empresa por parte dos colaboradores, gerando prejuízos para os profissionais e para os negócios.

Quais os riscos de um layoff mal manejado?

Está aqui o impacto emocional do layoff e suas potenciais consequências negativas em números, segundo um estudo da Leadership IQ, que entrevistou mais de 4.000 sobreviventes de demissões em massa:

  • Queda na própria produtividade: 74% dos colaboradores retidos após um lay-off relatam que tiveram sua própria produtividade reduzida;
  • Redução na produtividade de colegas: 64% apontam que a produtividade de seus colegas remanescentes também diminuiu;
  • Piora na qualidade de produtos/serviços: 69% relatam que a qualidade do produto/serviço da empresa piorou desde o layoff;
  • Queda na probabilidade de recomendação: 87% afirmam ser menos provável que recomendem a empresa como uma ótima organização para se trabalhar após o layoff;
  • Declínio no suporte aos clientes: 81% apontam que o atendimento/suporte aos clientes piorou desde o layoff;
  • Aumento de erros e falhas: 77% relatam que observam mais erros e falhas sendo cometidos após o layoff;
  • Baixas perspectivas futuras: 61% dizem acreditar que as perspectivas futuras de sua empresa são piores desde o layoff.

Dado tudo isso, também há a questão do turnover. Segundo a Intoo, apesar de por vezes necessária, a rotatividade (voluntária ou involuntária) pode resultar na perda de, por exemplo, conhecimento e experiência valiosos para a empresa.

No entanto, o turnover involuntário (como um layoff) pode ter efeitos mais amplos sobre a força de trabalho devido ao estresse imposto aos funcionários ao testemunharem a demissão de seus colegas.

Contágio de rotatividade: o turnover contagioso

Depois de um lay-off, a incerteza, a desmotivação, o aumento da carga de trabalho (entre tantas outras situações e sentimentos frequentes a se atentar após layoffs) podem levar a um aumento na saída voluntária de colaboradores.

Isto é, no turnover/rotatividade voluntária, onde as próprias pessoas se demitem. Esse é um fenômeno chamado de “turnover contagion“, podendo ser traduzido como contágio de rotatividade ou turnover contagioso. É como um efeito dominó.

Assim, as demissões em massa podem resultar na perda de mais colaboradores do que o planejado originalmente, multiplicando o impacto negativo sobre os remanescentes. E, consequentemente, sobre a empresa!

Os até então funcionários podem enxergar o lay-off, por exemplo, como um sinal de que o desempenho da empresa pode ser uma preocupação a longo prazo. Podem se preocupar com a possibilidade de haver mais ondas de demissões e querer encontrar segurança em um novo cargo em uma empresa diferente. Além disso, a era do trabalho remoto pode dificultar ainda mais saber por que motivos seus colegas foram demitidos.

Quando a motivação e engajamento estão baixos e os funcionários têm pouca energia, paciência e otimismo, o envolvimento e a lealdade provavelmente irão despencar, e um colaborador após o outro pode sair. É assim que acontece o contágio da rotatividade. Por isso, é preciso de cuidado!

Felizmente, é possível prevenir reverberações negativas de um lay-off, como o turnover dos funcionários remanescentes. Quer entender como? Leia o artigo completo: Lidando com o lay-off: como manejar o impacto no atual time!


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Assim, neste blog post, vamos explorar brevemente a realidade dos layoffs com foco nas pessoas que permanecem nas empresas, o que elas podem estar sentindo neste momento e possíveis consequências deste tipo de situação.

Conscientizar-se é o primeiro passo. Vamos lá?

Após o corte: os desafios emocionais de colaboradores remanescentes

É fato: layoffs evidentemente causam impacto significativo nas pessoas que são desligadas de uma empresa. Porém, um ponto não muito falado mas também importante é reconhecer a existência do impacto emocional que os profissionais remanescentes enfrentam nessa situação.

Sim, o impacto negativo em seu bem-estar e saúde mental e emocional.

Este costuma ser um período de muita tensão, no qual é comum que os profissionais retidos questionem seu próprio futuro dentro da empresa. Afinal, o sentimento de alívio inicial por manter o emprego muitas vezes é acompanhado por sentimentos negativos como:

  • Incerteza;
  • Medo;
  • Estresse;
  • Ansiedade;
  • Raiva;
  • Culpa.

Culpa de sobrevivente: por que eu fiquei e eles não?

Uma matéria da CBS fala justamente o “lay-off survivor guilt“, referido por alguns psicólogos organizacionais. O termo diz respeito ao sentimento de culpa comum entre sobreviventes de layoffs por terem mantido seus empregos enquanto tantos outros colegas foram dispensados.

Referências como a HBR também abordam o tema do impacto emocional do layoff, apontando que a “culpa do sobrevivente” normalmente está associada às emoções que as pessoas enfrentam após um evento traumático ou acidente que ceifa a vida de outros.

Mas o nome do fenômeno também pode ser aplicado após demissões corporativas. Nesse tipo de situação, os colaboradores remanescentes podem se questionar, por exemplo:

  • “Por que eu fiquei e eles não?”
  • “Como vou encarar meus colegas/amigos que foram demitidos, sabendo que estão em uma situação financeira instável, enquanto eu ainda estou empregado(a)?”

Manter contato com os colegas demitidos e oferecer apoio mútuo pode ajudar a aliviar a culpa dos sobreviventes de layoffs. Mas evidentemente, só isso não basta. A empresa e seus líderes têm um papel primordial a cumprir nisso.

A princípio, as organizações devem buscar se preparar adequadamente para as demissões, comunicando os motivos e fornecendo informações sobre o futuro da empresa, com transparência.

Potencializadores de sentimentos negativos pós-layoff e seus efeitos

A “culpa de sobrevivente” pode ser exacerbada pela percepção de que a empresa não reconheceu ou recompensou colegas competentes e confiáveis, optando por demiti-los em vez disso.

Fatores como a falta de transparência por parte dos empregadores sobre os critérios de demissão, por exemplo, também pode aumentar a insegurança dos colaboradores.

O aumento da carga de trabalho também é uma consequência comum após um lay-off, sendo mais uma grande razão para desmotivar os profissionais remanescentes, e podendo levar a um quadro de esgotamento (burnout).

Sentimentos e situações como as citadas muito provavelmente irão afetar negativamente o engajamento e a confiança na empresa por parte dos colaboradores, gerando prejuízos para os profissionais e para os negócios.

Quais os riscos de um layoff mal manejado?

Está aqui o impacto emocional do layoff e suas potenciais consequências negativas em números, segundo um estudo da Leadership IQ, que entrevistou mais de 4.000 sobreviventes de demissões em massa:

  • Queda na própria produtividade: 74% dos colaboradores retidos após um lay-off relatam que tiveram sua própria produtividade reduzida;
  • Redução na produtividade de colegas: 64% apontam que a produtividade de seus colegas remanescentes também diminuiu;
  • Piora na qualidade de produtos/serviços: 69% relatam que a qualidade do produto/serviço da empresa piorou desde o layoff;
  • Queda na probabilidade de recomendação: 87% afirmam ser menos provável que recomendem a empresa como uma ótima organização para se trabalhar após o layoff;
  • Declínio no suporte aos clientes: 81% apontam que o atendimento/suporte aos clientes piorou desde o layoff;
  • Aumento de erros e falhas: 77% relatam que observam mais erros e falhas sendo cometidos após o layoff;
  • Baixas perspectivas futuras: 61% dizem acreditar que as perspectivas futuras de sua empresa são piores desde o layoff.

Dado tudo isso, também há a questão do turnover. Segundo a Intoo, apesar de por vezes necessária, a rotatividade (voluntária ou involuntária) pode resultar na perda de, por exemplo, conhecimento e experiência valiosos para a empresa.

No entanto, o turnover involuntário (como um layoff) pode ter efeitos mais amplos sobre a força de trabalho devido ao estresse imposto aos funcionários ao testemunharem a demissão de seus colegas.

Contágio de rotatividade: o turnover contagioso

Depois de um lay-off, a incerteza, a desmotivação, o aumento da carga de trabalho (entre tantas outras situações e sentimentos frequentes a se atentar após layoffs) podem levar a um aumento na saída voluntária de colaboradores.

Isto é, no turnover/rotatividade voluntária, onde as próprias pessoas se demitem. Esse é um fenômeno chamado de “turnover contagion“, podendo ser traduzido como contágio de rotatividade ou turnover contagioso. É como um efeito dominó.

Assim, as demissões em massa podem resultar na perda de mais colaboradores do que o planejado originalmente, multiplicando o impacto negativo sobre os remanescentes. E, consequentemente, sobre a empresa!

Os até então funcionários podem enxergar o lay-off, por exemplo, como um sinal de que o desempenho da empresa pode ser uma preocupação a longo prazo. Podem se preocupar com a possibilidade de haver mais ondas de demissões e querer encontrar segurança em um novo cargo em uma empresa diferente. Além disso, a era do trabalho remoto pode dificultar ainda mais saber por que motivos seus colegas foram demitidos.

Quando a motivação e engajamento estão baixos e os funcionários têm pouca energia, paciência e otimismo, o envolvimento e a lealdade provavelmente irão despencar, e um colaborador após o outro pode sair. É assim que acontece o contágio da rotatividade. Por isso, é preciso de cuidado!

Felizmente, é possível prevenir reverberações negativas de um lay-off, como o turnover dos funcionários remanescentes. Quer entender como? Leia o artigo completo: Lidando com o lay-off: como manejar o impacto no atual time!


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