Como a automação e a IA estão mudando o mundo do trabalho | talent academy blog
Crédito: Friedrich Saurer / Science Photo Library

Como a automação e a IA estão mudando o mundo do trabalho?

A automação e a inteligência artificial (IA) estão transformando a cada dia que passa diversos setores e atividades profissionais. Na verdade, o mercado de trabalho como um todo. Fato.

Esse é um tema simplesmente impossível de ignorar. Especialmente nos últimos tempos, com tanta tecnologia nova surgindo por aí. Por isso, hoje iremos falar sobre os impactos da automação e da IA no trabalho. Vamos lá?

Quais os impactos da IA e automação nos empregos?

Segundo o Fórum Econômico Mundial, cerca de 85 milhões de empregos poderão ser eliminados até 2025 devido a automação, enquanto 97 milhões de novos empregos podem ser criados em áreas relacionadas a tecnologia.

The Future of Jobs Report, 2020

À medida que a tecnologia avança e mais tarefas tornam-se automatizadas, o mundo do trabalho vai sendo profundamente transformado.

Essa aceleração pode levar à redução de empregos em alguns setores. Especialmente em trabalhos que envolvam mais tarefas rotineiras e repetitivas. E isso preocupa parte considerável dos trabalhadores(as).

Ao mesmo tempo, é relevante considerar que a automação e a IA também estão criando novas oportunidades de trabalho, e aumentando a produtividade das empresas.

Análise de dados, desenvolvimento de software e robótica são algumas áreas com alta demanda no mercado. O que faz com que até mesmo em situações de crise, pessoas nesses ramos consigam se recolocar mais rapidamente.

Além disso, essas tecnologias estão permitindo a criação de novos modelos de negócios e novas oportunidades. Em setores como telemedicina, educação online, logística automatizada e muitos outros.

Leia também: Reduzindo danos em tempos de layoff

A IA vai substituir o meu trabalho?

Retornemos o olhar para a redução de empregos em outros setores. Bom, é fato que as pessoas que perdem seus trabalhos nesse contexto de acelerado avanço tecnológico muito provavelmente irão enfrentar dificuldades financeiras e emocionais.

E isso, principalmente se elas não estiverem preparadas para uma mudança de carreira ou não tiverem as habilidades necessárias para competir por empregos nas áreas emergentes ligadas à tecnologia.

Portanto, é fundamental que governos, empresas e outras instituições trabalhem juntas para fornecer suporte e treinamento adequado. Isso para ajudar as pessoas a se adaptarem às mudanças no mercado de trabalho e a se (re)qualificarem – buscando garantir que ninguém seja deixado(a) para trás.

Habilidades mais buscadas na era da IA

Nesse cenário, também estão mudando os tipos de skills mais valorizadas. Devido a evolução da tecnologia e outras mudanças no mercado global, as organizações estão buscando colaboradores(as) que tenham habilidades diferentes das que tinham maior destaque no passado.

Evidentemente, competências digitais e a capacidade de trabalhar com tecnologias emergentes (automação, IA, programação, análise de dados, gerenciamento de sistemas, etc.) são cada vez mais requisitadas.

Mas não é só isso.

Tão importante quanto (ou até mais) são as habilidades mais propriamente humanas. Isto é, aquelas que não são facilmente substituíveis por máquinas. Competências sociais, comportamentais e emocionais, que geralmente eram consideradas em menor grau pelas empresas quando comparado às técnicas, hoje são muito mais valorizadas. E a tendência é que sejam cada vez mais.

Um estudo da OIT aponta a importância de desenvolver competências relevantes para o mercado de trabalho em evolução, como habilidades em tecnologia, análise de dados e resolução de problemas, assim como skills sociais e emocionais, criatividade, adaptabilidade, colaboração, etc.

Organização internacional do trabalho, 2021

Soft, power ou people skills: o que tem a ver com tecnologia?

As chamadas “soft skills” (que preferimos chamar de people skills ou power skills, pois honestamente não tem nada de soft) incluem habilidades que só crescem no nível de importância para o sucesso no mundo do trabalho. Comunicação, trabalho em equipe, liderança, pensamento crítico, resolução de problemas, flexibilidade, adaptabilidade, empatia e tomada de decisões informadas são alguns bons exemplos.

E esses dois tipos de competências (tecnológicas e humanas) altamente demandadas podem e devem ser desenvolvidas!

Assim, é essencial que organizações ofereçam meios e oportunidades para o aprendizado e desenvolvimento das pessoas nessas habilidades. Elas podem ser aprimoradas ao longo da vida através da prática e experiência. Além disso, são transferíveis entre diferentes trabalhos e situações por não estarem necessariamente relacionadas a uma determinada área, tendo assim valor em todos os setores.

O futuro [que já é presente] do trabalho é sobre habilidades, e não somente diplomas.”

– Jamie Dimon, CEO da JPMorganChase

IA, automação e tecnologia no RH

Dados recentes da PwC e Gartner indicam que quase 60% das empresas usam tecnologia no RH para atrair, encontrar e reter talentos, e mais de 80% dos líderes da área esperam aumentar o investimento em tecnologia para melhorar a experiência dos colaboradores(as).

Como deu para notar, temos razões sólidas para acreditar que é equivocada a ideia de que a automação e a IA substituirão completamente os seres humanos quando o assunto é trabalho.

E isso inclui, é claro, o trabalho das áreas de RH e suas correlatas.

Segundo o relatório 2021 Human Capital Trends da Deloitte, o RH está se tornando cada vez mais digital, com a tecnologia sendo usada, por exemplo, para melhorar a eficiência do trabalho, aprimorar a experiência do colaborador(a) e apoiar iniciativas de D&I.

No entanto, é importante ressaltar que essas tecnologias são ferramentas que foram desenvolvidas e devem ser utilizadas para auxiliar os(as) profissionais de RH, e não para substituí-los.

A ideia de que a tecnologia tomará o lugar de quem trabalha com pessoas nos parece uma visão simplista, que ignora a complexidade do trabalho dos(as) profissionais de RH e a interação necessária entre humanos e tecnologia para aprimorar a gestão e o desenvolvimento de pessoas nas empresas.

RH: um mix de habilidades

Um outro ponto relevante a se considerar é que a automação e IA exigem habilidades técnicas que muitos(as) profissionais de RH ainda não possuem (ou ao menos, não possuíam até pouco tempo atrás), especialmente os que estão há mais gerações na área.

Isso significa que a implementação dessas tecnologias nas empresas pode requerer um período de adaptação e capacitação, e que a função dos profissionais de RH pode mudar (aliás, já está mudando) para se concentrar em tarefas mais estratégicas e de alto valor agregado.

A questão é que a tecnologia pode ajudar a automatizar tarefas mais rotineiras e repetitivas na medida do possível e potencializar outras, mas não podem simplesmente substituir as tantas atividades que requerem interação humana pelas quais o RH é responsável.

Seleção de candidatos(as), gerenciamento de conflitos, resolução de problemas complexos e a promoção de um ambiente de trabalho saudável e colaborativo são alguns exemplos de tarefas que exigem habilidades que as máquinas não podem replicar. São as skills que citamos – as soft, ou melhor, power.

O contato humano é essencial para garantir que os funcionários se sintam valorizados, compreendidos e apoiados em suas necessidades, o que contribui para o aumento do engajamento, satisfação e produtividade no trabalho.

A tecnologia precisa de pessoas para funcionar

Dito isso, a tecnologia pode (e deve) ser uma grande aliada do RH, mas é fundamental lembrar que ela precisa de pessoas para funcionar. A interação entre as skills humanas e tecnológicas é crucial para garantir o sucesso na gestão de pessoas e no desenvolvimento de uma cultura organizacional forte e sustentável.

Além disso, é importante destacar o papel do RH na gestão das mudanças causadas pela automação e IA, incluindo a requalificação e treinamento dos colaboradores(as), a implementação de medidas de proteção social e de políticas flexíveis, e o envolvimento dos funcionários(as) no processo.

Como escreveu a jornalista Camila Petry Feiler em um artigo que da Startse, o medo que o RH tem da IA precisa ser substituído pela curiosidade, já que ao apostar em ferramentas para otimizar os processos da área, o time ganha mais tempo para cuidar das questões das pessoas e fortalecer o lado humano.

Tudo isso, é claro, sempre considerando a questão ética e observando com atenção possíveis imperfeições e vieses “para seguir aprendendo (…) é o que vai fazer com que as organizações consigam aproveitar o melhor do fator humano e da tecnologia no RH“.

Como as empresas podem se preparar para essas mudanças?

Abordamos aqui algumas das muitas mudanças que a automação e a IA podem trazer ou já estão trazendo para o mundo do trabalho.

Mas, que estratégias as organizações podem adotar para se preparar para essas mudanças? De acordo com referências como o Fórum Econômico Mundial, são algumas delas:

Investir em treinamento e desenvolvimento de habilidades

Reforçamos que as empresas precisam investir em treinamento e desenvolvimento de skills para ajudar as pessoas a se adaptarem e acompanharem as novas demandas do mercado de trabalho.

Isso pode envolver fornecer ferramentas e meios para que aprendam e aprimorem suas skills técnicas digitais e em tecnologias emergentes, bem como as habilidades exclusivamente humanas, como pensamento crítico e colaboração.

Desenvolver uma visão clara de como a empresa pode usar essas tecnologias

As empresas podem investir em novas áreas e modelos de negócios que possam ser facilitadas pela automação e IA. Isso pode envolver a criação de novos produtos ou serviços que aproveitem as tecnologias emergentes e que possam oferecer mais valor aos clientes.

Utilizar a IA para aprimorar a eficiência e a produtividade

Como já falamos, não como uma substituição direta do trabalho humano, mas aproveitar seu uso para melhorar a precisão e a velocidade de processos, com os colaboradores(as) ainda devendo ser os responsáveis pela tomada de decisões, gerenciamento de projetos, entre outros.

Estabelecer parcerias com provedores de tecnologia

Para ajudar as empresas a implementar tecnologias emergentes de forma eficaz. Isso pode envolver a contratação ou colaboração com fornecedores de software para ajudar a implantar sistemas mais automatizados, ou com provedores de IA para ajudar a analisar grandes quantidades de dados.

Criar uma força de trabalho diversificada

Construir equipes realmente diversificadas, que incluam colaboradores(as) de diferentes backgrounds, com características e habilidades complementares, além de uma variedade de perspectivas. Isso ajudará a empresa a se adaptar às mudanças do mercado e a explorar novas oportunidades.


Redesenhar de forma apropriada as funções e tarefas dos trabalhos existentes. Criar uma cultura de aprendizagem e inovação. Incentivar a experimentação e a busca por soluções criativas para os desafios. Essas são mais algumas possibilidades para lidar com as mudanças que já vêm acontecendo.

Enfim, com a adoção de estratégias adequadas, as empresas podem se preparar para o futuro-já-presente do trabalho e aproveitar as oportunidades que a automação e a IA oferecem.

E é claro, usando de apoio a tecnologia como potente aliada, mas jamais total substituta. Afinal, não há inteligência tecnológica sem inteligência humana.

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A automação e a inteligência artificial (IA) estão transformando a cada dia que passa diversos setores e atividades profissionais. Na verdade, o mercado de trabalho como um todo. Fato.

Esse é um tema simplesmente impossível de ignorar. Especialmente nos últimos tempos, com tanta tecnologia nova surgindo por aí. Por isso, hoje iremos falar sobre os impactos da automação e da IA no trabalho. Vamos lá?

Quais os impactos da IA e automação nos empregos?

Segundo o Fórum Econômico Mundial, cerca de 85 milhões de empregos poderão ser eliminados até 2025 devido a automação, enquanto 97 milhões de novos empregos podem ser criados em áreas relacionadas a tecnologia.

The Future of Jobs Report, 2020

À medida que a tecnologia avança e mais tarefas tornam-se automatizadas, o mundo do trabalho vai sendo profundamente transformado.

Essa aceleração pode levar à redução de empregos em alguns setores. Especialmente em trabalhos que envolvam mais tarefas rotineiras e repetitivas. E isso preocupa parte considerável dos trabalhadores(as).

Ao mesmo tempo, é relevante considerar que a automação e a IA também estão criando novas oportunidades de trabalho, e aumentando a produtividade das empresas.

Análise de dados, desenvolvimento de software e robótica são algumas áreas com alta demanda no mercado. O que faz com que até mesmo em situações de crise, pessoas nesses ramos consigam se recolocar mais rapidamente.

Além disso, essas tecnologias estão permitindo a criação de novos modelos de negócios e novas oportunidades. Em setores como telemedicina, educação online, logística automatizada e muitos outros.

Leia também: Reduzindo danos em tempos de layoff

A IA vai substituir o meu trabalho?

Retornemos o olhar para a redução de empregos em outros setores. Bom, é fato que as pessoas que perdem seus trabalhos nesse contexto de acelerado avanço tecnológico muito provavelmente irão enfrentar dificuldades financeiras e emocionais.

E isso, principalmente se elas não estiverem preparadas para uma mudança de carreira ou não tiverem as habilidades necessárias para competir por empregos nas áreas emergentes ligadas à tecnologia.

Portanto, é fundamental que governos, empresas e outras instituições trabalhem juntas para fornecer suporte e treinamento adequado. Isso para ajudar as pessoas a se adaptarem às mudanças no mercado de trabalho e a se (re)qualificarem – buscando garantir que ninguém seja deixado(a) para trás.

Habilidades mais buscadas na era da IA

Nesse cenário, também estão mudando os tipos de skills mais valorizadas. Devido a evolução da tecnologia e outras mudanças no mercado global, as organizações estão buscando colaboradores(as) que tenham habilidades diferentes das que tinham maior destaque no passado.

Evidentemente, competências digitais e a capacidade de trabalhar com tecnologias emergentes (automação, IA, programação, análise de dados, gerenciamento de sistemas, etc.) são cada vez mais requisitadas.

Mas não é só isso.

Tão importante quanto (ou até mais) são as habilidades mais propriamente humanas. Isto é, aquelas que não são facilmente substituíveis por máquinas. Competências sociais, comportamentais e emocionais, que geralmente eram consideradas em menor grau pelas empresas quando comparado às técnicas, hoje são muito mais valorizadas. E a tendência é que sejam cada vez mais.

Um estudo da OIT aponta a importância de desenvolver competências relevantes para o mercado de trabalho em evolução, como habilidades em tecnologia, análise de dados e resolução de problemas, assim como skills sociais e emocionais, criatividade, adaptabilidade, colaboração, etc.

Organização internacional do trabalho, 2021

Soft, power ou people skills: o que tem a ver com tecnologia?

As chamadas “soft skills” (que preferimos chamar de people skills ou power skills, pois honestamente não tem nada de soft) incluem habilidades que só crescem no nível de importância para o sucesso no mundo do trabalho. Comunicação, trabalho em equipe, liderança, pensamento crítico, resolução de problemas, flexibilidade, adaptabilidade, empatia e tomada de decisões informadas são alguns bons exemplos.

E esses dois tipos de competências (tecnológicas e humanas) altamente demandadas podem e devem ser desenvolvidas!

Assim, é essencial que organizações ofereçam meios e oportunidades para o aprendizado e desenvolvimento das pessoas nessas habilidades. Elas podem ser aprimoradas ao longo da vida através da prática e experiência. Além disso, são transferíveis entre diferentes trabalhos e situações por não estarem necessariamente relacionadas a uma determinada área, tendo assim valor em todos os setores.

O futuro [que já é presente] do trabalho é sobre habilidades, e não somente diplomas.”

– Jamie Dimon, CEO da JPMorganChase

IA, automação e tecnologia no RH

Dados recentes da PwC e Gartner indicam que quase 60% das empresas usam tecnologia no RH para atrair, encontrar e reter talentos, e mais de 80% dos líderes da área esperam aumentar o investimento em tecnologia para melhorar a experiência dos colaboradores(as).

Como deu para notar, temos razões sólidas para acreditar que é equivocada a ideia de que a automação e a IA substituirão completamente os seres humanos quando o assunto é trabalho.

E isso inclui, é claro, o trabalho das áreas de RH e suas correlatas.

Segundo o relatório 2021 Human Capital Trends da Deloitte, o RH está se tornando cada vez mais digital, com a tecnologia sendo usada, por exemplo, para melhorar a eficiência do trabalho, aprimorar a experiência do colaborador(a) e apoiar iniciativas de D&I.

No entanto, é importante ressaltar que essas tecnologias são ferramentas que foram desenvolvidas e devem ser utilizadas para auxiliar os(as) profissionais de RH, e não para substituí-los.

A ideia de que a tecnologia tomará o lugar de quem trabalha com pessoas nos parece uma visão simplista, que ignora a complexidade do trabalho dos(as) profissionais de RH e a interação necessária entre humanos e tecnologia para aprimorar a gestão e o desenvolvimento de pessoas nas empresas.

RH: um mix de habilidades

Um outro ponto relevante a se considerar é que a automação e IA exigem habilidades técnicas que muitos(as) profissionais de RH ainda não possuem (ou ao menos, não possuíam até pouco tempo atrás), especialmente os que estão há mais gerações na área.

Isso significa que a implementação dessas tecnologias nas empresas pode requerer um período de adaptação e capacitação, e que a função dos profissionais de RH pode mudar (aliás, já está mudando) para se concentrar em tarefas mais estratégicas e de alto valor agregado.

A questão é que a tecnologia pode ajudar a automatizar tarefas mais rotineiras e repetitivas na medida do possível e potencializar outras, mas não podem simplesmente substituir as tantas atividades que requerem interação humana pelas quais o RH é responsável.

Seleção de candidatos(as), gerenciamento de conflitos, resolução de problemas complexos e a promoção de um ambiente de trabalho saudável e colaborativo são alguns exemplos de tarefas que exigem habilidades que as máquinas não podem replicar. São as skills que citamos – as soft, ou melhor, power.

O contato humano é essencial para garantir que os funcionários se sintam valorizados, compreendidos e apoiados em suas necessidades, o que contribui para o aumento do engajamento, satisfação e produtividade no trabalho.

A tecnologia precisa de pessoas para funcionar

Dito isso, a tecnologia pode (e deve) ser uma grande aliada do RH, mas é fundamental lembrar que ela precisa de pessoas para funcionar. A interação entre as skills humanas e tecnológicas é crucial para garantir o sucesso na gestão de pessoas e no desenvolvimento de uma cultura organizacional forte e sustentável.

Além disso, é importante destacar o papel do RH na gestão das mudanças causadas pela automação e IA, incluindo a requalificação e treinamento dos colaboradores(as), a implementação de medidas de proteção social e de políticas flexíveis, e o envolvimento dos funcionários(as) no processo.

Como escreveu a jornalista Camila Petry Feiler em um artigo que da Startse, o medo que o RH tem da IA precisa ser substituído pela curiosidade, já que ao apostar em ferramentas para otimizar os processos da área, o time ganha mais tempo para cuidar das questões das pessoas e fortalecer o lado humano.

Tudo isso, é claro, sempre considerando a questão ética e observando com atenção possíveis imperfeições e vieses “para seguir aprendendo (…) é o que vai fazer com que as organizações consigam aproveitar o melhor do fator humano e da tecnologia no RH“.

Como as empresas podem se preparar para essas mudanças?

Abordamos aqui algumas das muitas mudanças que a automação e a IA podem trazer ou já estão trazendo para o mundo do trabalho.

Mas, que estratégias as organizações podem adotar para se preparar para essas mudanças? De acordo com referências como o Fórum Econômico Mundial, são algumas delas:

Investir em treinamento e desenvolvimento de habilidades

Reforçamos que as empresas precisam investir em treinamento e desenvolvimento de skills para ajudar as pessoas a se adaptarem e acompanharem as novas demandas do mercado de trabalho.

Isso pode envolver fornecer ferramentas e meios para que aprendam e aprimorem suas skills técnicas digitais e em tecnologias emergentes, bem como as habilidades exclusivamente humanas, como pensamento crítico e colaboração.

Desenvolver uma visão clara de como a empresa pode usar essas tecnologias

As empresas podem investir em novas áreas e modelos de negócios que possam ser facilitadas pela automação e IA. Isso pode envolver a criação de novos produtos ou serviços que aproveitem as tecnologias emergentes e que possam oferecer mais valor aos clientes.

Utilizar a IA para aprimorar a eficiência e a produtividade

Como já falamos, não como uma substituição direta do trabalho humano, mas aproveitar seu uso para melhorar a precisão e a velocidade de processos, com os colaboradores(as) ainda devendo ser os responsáveis pela tomada de decisões, gerenciamento de projetos, entre outros.

Estabelecer parcerias com provedores de tecnologia

Para ajudar as empresas a implementar tecnologias emergentes de forma eficaz. Isso pode envolver a contratação ou colaboração com fornecedores de software para ajudar a implantar sistemas mais automatizados, ou com provedores de IA para ajudar a analisar grandes quantidades de dados.

Criar uma força de trabalho diversificada

Construir equipes realmente diversificadas, que incluam colaboradores(as) de diferentes backgrounds, com características e habilidades complementares, além de uma variedade de perspectivas. Isso ajudará a empresa a se adaptar às mudanças do mercado e a explorar novas oportunidades.


Redesenhar de forma apropriada as funções e tarefas dos trabalhos existentes. Criar uma cultura de aprendizagem e inovação. Incentivar a experimentação e a busca por soluções criativas para os desafios. Essas são mais algumas possibilidades para lidar com as mudanças que já vêm acontecendo.

Enfim, com a adoção de estratégias adequadas, as empresas podem se preparar para o futuro-já-presente do trabalho e aproveitar as oportunidades que a automação e a IA oferecem.

E é claro, usando de apoio a tecnologia como potente aliada, mas jamais total substituta. Afinal, não há inteligência tecnológica sem inteligência humana.