No atual cenário corporativo, a experiência do colaborador (employee experience) assume um papel fundamental na estratégia e no sucesso das organizações.
Este conceito vai além do ambiente de trabalho físico, englobando todos os aspectos, partes e momentos da jornada do colaborador “dentro” da empresa.
Com a crescente competição por talentos, empresas que oferecem uma experiência excepcional não só atraem como retêm os melhores profissionais.
Uma experiência positiva pode ser a chave para desbloquear o potencial máximo da equipe, impulsionando o engajamento e evoluindo a performance. Mas, como transformar o ideal de employee experience em prática, em ação efetiva?
Entenda mais sobre o conceito e descubra estratégias baseadas em dados que carregam o potencial de evoluir seu ambiente de trabalho!
Employee experience (EX) abrange cada interação e percepção da pessoa colaboradora dentro da organização, desde o recrutamento até a saída. Inclui dimensões como o dia a dia de trabalho, o desenvolvimento profissional e a cultura organizacional.
Uma jornada positiva é essencial para cultivar o engajamento, a produtividade e a lealdade dos colaboradores, impactando diretamente o clima e o desempenho da empresa.
Trata-se de uma abordagem holística que visa criar um ambiente de trabalho positivo e motivador, promovendo não só satisfação, mas também o comprometimento e a performance dos colaboradores.
A conexão entre a experiência do colaborador e a gestão estratégica de pessoas é fundamental para o crescimento e a inovação nas organizações modernas.
Na era digital, onde o talento é tão crucial quanto a tecnologia, uma abordagem estratégica para melhorar a experiência do colaborador pode transformar significativamente o engajamento, a retenção de talentos e o desempenho organizacional.
A experiência do colaborador vai além dos benefícios tangíveis, como salários e bônus. Ela engloba o ambiente de trabalho, a cultura organizacional, o desenvolvimento profissional e o bem-estar.
Uma gestão estratégica de pessoas focada na experiência do colaborador reconhece que cada ponto de contato pode afetar profundamente aspectos como a motivação, a satisfação e a lealdade – o que pode refletir na organização em geral, como você verá a seguir.
A experiência do colaborador não é um mero termo da moda no mundo corporativo, mas um componente crítico para construir uma vantagem competitiva.
Desse modo, investir em employee experience não é apenas uma questão de satisfação; é uma estratégia de negócios com impactos mensuráveis.
A Oracle descreve bem isso:
“Tal como a experiência do cliente, a experiência do colaborador tem um impacto direto na rentabilidade da sua empresa. Funcionários satisfeitos são funcionários produtivos. Quando os colaboradores não recebem formação adequada ou não dispõem das ferramentas necessárias para fazer o seu trabalho de forma eficiente, a sua produtividade é afetada.
Trabalhadores desmotivados expressam frequentemente a sua insatisfação não sendo tão produtivos e empenhados no seu trabalho ou abandonando a empresa. Este tipo de rotatividade é uma consequência bastante custosa para os empregadores, obrigando-os a contratar e desenvolver continuamente novos funcionários.
(…) Isto é, sua empresa não está a obter o melhor retorno do seu investimento (ROI) em capital humano ou a construir uma cultura de trabalho positiva. A frustração com sistemas e processos complicados também pode resultar numa baixa moral e num sentimento de desmotivação entre os seus colaboradores. Isto pode levar a problemas que podem afetar o desempenho da sua empresa e a sua posição no mercado.“
– Oracle
Dado isso, o atual cenário de employee experience ainda preocupa, uma vez que, segundo dados recentes da Gallup e Kincentric:
Além de tudo o que falamos até aqui (e o que ainda será abordado), empresas que priorizam uma experiência positiva do colaborador podem ver melhorias significativas em diversas áreas, como por exemplo:
Ainda, de acordo com a Oracle,
“Por outro lado, os colaboradores que têm uma experiência positiva são mais engajados e produtivos em seus trabalhos, mais comprometidos com a empresa, têm um senso de pertencimento e propriedade e provavelmente permanecerão na empresa por mais tempo.
Esses fatores levam a uma melhor performance geral da empresa.
De fato, de acordo com o Gartner, os funcionários que veem sua experiência de forma positiva têm 60% mais chances de dizer que pretendem permanecer na organização atual e 69% mais chances de serem profissionais de alto desempenho.“
– Oracle
*Fica a dica: Você pode conferir várias outras estatísticas ligadas ao assunto em 23 Key Employee Experience Statistics You Should Know in 2024.
Desenvolver uma experiência do colaborador de alta qualidade exige atenção em diversas frentes, para que sejam avaliadas e melhoradas.
De acordo com a McKinsey, o ‘EX factor‘ diz respeito a nove elementos principais a serem considerados, divididos em três grandes áreas: experiência social, experiência de trabalho e experiência organizacional.
Aqui, falamos de alguns aspectos de algumas delas, ilustrando com dados:
Vale também mencionar os cinco fatores que a Salesforce/HBR identificou, que contribuem para a criação de uma excelente experiência para os colaboradores:
Avaliar a experiência do colaborador pode requerer uma combinação de estratégias e ferramentas, podendo ser realizada de forma eficaz, por exemplo, através de:
Avaliar o impacto das iniciativas de experiência do colaborador é vital para entender o ROI (Retorno sobre Investimento) e ajustar estratégias:
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Acreditamos fortemente no potencial das áreas de RH (ou Gente e Gestão, Cultura, Pessoas – como preferir chamar) para liderar transformações positivas na experiência dos colaboradores. Bom, é claro que isso não depende inteiramente do RH, e o engajamento da alta liderança é vital para que bons frutos sejam colhidos.
O ponto é que, assim como apontado neste estudo já citado (que foi capaz de correlacionar employee experience a resultados e receita), reforçamos a importância de empoderar e capacitar o RH a ser protagonista e apresentar seu próprio caso de negócios (business case). Mas o que isso quer dizer?
De acordo com as especialistas Kate Gautier e Tiffani Bova,
“Executivos podem estar mais acostumados a ver casos de negócios e cálculos de ROI das equipes de vendas e marketing, mas eles devem começar a capacitar os departamentos de talentos para que apresentem seus próprios casos. Imagine um líder de RH apresentando números como esses [da pesquisa] na próxima vez que estiver buscando orçamento para um programa de treinamento ou um software de bem-estar para os funcionários?
Ao capturar e conectar os dados corretos, os executivos começarão a ver a ligação entre colaboradores, clientes e receita. Os resultados podem inspirá-los a ter uma nova visão do papel que os CHROs desempenham no crescimento corporativo.
De fato, com cases como esse, o RH deve finalmente conseguir se livrar de sua antiga reputação de ‘centro de custos’ e começar a ocupar o lugar que lhe cabe: uma função estratégica que impulsiona a experiência do cliente e a receita.“
– Kate Gautier e Tiffani Bova
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Transformar a experiência do colaborador em uma vantagem competitiva requer uma abordagem estratégica e baseada em dados. As empresas que investem na jornada do colaborador não apenas melhoram seus indicadores de desempenho, mas também se estabelecem como líderes do mercado, atraindo e retendo os melhores talentos.
A chave para o sucesso está em entender profundamente as necessidades e expectativas dos colaboradores, aplicando estratégias que promovam um ambiente de trabalho positivo, inovador e flexível.
Investir na experiência do colaborador é investir no futuro da sua empresa. Estratégias bem planejadas e executadas, focadas no bem-estar, no desenvolvimento e na satisfação dos colaboradores, melhoram os indicadores de desempenho da empresa, assim como fortalecem a marca empregadora no mercado competitivo atual.
Empresas que reconhecem e agem sobre a importância de uma experiência do colaborador positiva e de sucesso estão destinadas a liderar, inovar e prosperar no atual e futuro cenário corporativo.
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